Cultivando e conectando-se com as flores - Parte 1
Cultivar um jardim ou cuidar de um vaso de flores em um recinto fechado demanda sempre cuidados com a parte física da planta, como sol, água e nutrientes adequados, mas muitas vezes, mesmo tendo esses requisitos atendidos, as plantas não se desenvolvem, parecem tristes, sem vitalidade. Tenho ouvido algumas pessoas dizerem: “Minhas mudas de manjericão não se desenvolvem bem, eu cuido, rego, faço de tudo e, quando vejo, estão definhando e morrendo”, “Cansei de ganhar e comprar vasinhos de violeta, elas chegam lindas e, em poucos dias, amolecem os talos das folhas, as flores secam e a plantinha acaba morrendo”, “Não tenho sorte em cuidar de plantas, elas não se desenvolvem”.
Primeiramente, digo para a pessoa nunca desistir de ter e de se envolver no cultivo de plantas, mas temos que aprender os cuidados fundamentais que um vegetal necessita, e esta me parece a parte mais fácil e divertida. Temos, então, que ir além dos cuidados físicos essenciais, ver com atenção como estão fluindo as vibrações energéticas no entorno da planta. Einstein já afirmava: “Os campos energéticos permeiam e afetam a matéria como um todo, pois tudo é vibração, e dependendo de sua frequência, podem alterar o ambiente e todas as outras coisas e seres que estão dentro deste campo vibracional”. Quando as energias estão densas e negativas, tudo vibra de forma lenta, e se tornam mais sutis e leves quando as frequências vibram com intensidade mais alta.
As plantas são muito sensitivas, elas absorvem todas as energias e, quando densas, murcham, definham e até podem morrer. Quando as energias estão leves, sutilizadas e fluindo, as plantas desabrocham, desenvolvem lindas flores e brotos novos. Por isso é muito importante a observância da energia que está fluindo, quando se está cultivando um jardim ou cuidando de plantas. Temos que lembrar Einstein, quando vamos cuidar de nossas plantinhas, pois, ainda no início do século XX, ao falar da Energia Universal, ele provou aos cientistas da época que energia e matéria são duas manifestações diferentes, mas provenientes da mesma energia que permeia todo o Universo, o que muda é apenas a sua frequência vibracional. Acho que não preciso falar mais sobre a atenção em contratar um cuidador de jardim ou ver como andam as energias em nossa casa e ambiente de trabalho – as plantas são excelentes sinalizadores dessas vibrações. Até mesmo fazer uma autoanálise de como andam nossas vibrações de paciência, tranquilidade, leveza e, principalmente, nossas vibrações de Amor.
Proponho: daqui para frente, vamos escolher vibrar e vigiar nossos pensamentos e ações, mantendo-os sempre em altas frequências vibracionais? Além de nos sentirmos mais felizes e saudáveis, tudo em nosso entorno muda. Ser feliz, viver e vibrar em altas frequências pode ser uma decisão, que com atenção e vigilância poderemos começar a introduzir em nosso cotidiano. As plantas ao nosso redor, além de nos agradecerem, em retorno, nos brindarão com lindas, saudáveis e perfumadas flores.
Tenho uma irmã que é arquiteta e professora universitária, com mestrado em Paisagismo. Por muitos anos ministrou aulas, encantando seus alunos e cativando-os a se voltarem para a beleza e o detalhe que as plantas podem acrescentar a um ambiente arquitetonicamente agradável. Divertia-me muito quando, em passeios e visitas a locais ligados a botânica e paisagismo, ela, de forma natural, ia apresentando as plantas, seus nomes científicos e populares, forma de cultivo, locais em que mais se adequavam a serem cultivadas. Seu conhecimento era incrível, praticamente nenhuma árvore ou flor ficava sem ser classificada por ela, e quando isso ocorria, sem titubear, aproximava-se, observava suas folhas, caules e flores e já as integrava dentro de alguma categoria ou família do Mundo Vegetal.
Foi num desses passeios que a ouvi falar para um dos alunos que queria desenvolver seu trabalho final na área de paisagismo, orientando-o com a brilhante ideia de desenvolver o projeto de um jardim dos sentidos. Resumo aqui o que ainda me encanta neste projeto: Jardim dos sentidos seria, através da disposição de flores, arbustos e árvores, um jardim onde as plantas, além de beleza, sombra e perfume, tivessem um apelo ou resposta a algum de nossos cinco sentidos, ou a mais de um deles. Tudo apenas pela visão, forma e disposição dos canteiros, cores das pétalas das flores, a imensa variedade de tons de verde das folhas, além do tato, da sedosidade do toque nas pétalas aveludadas, das folhas com suas nervuras, a rugosidade dos troncos das árvores. A audição também seria estimulada, pelo farfalhar das brisas suaves por entre as folhas, pelo cântico dos pássaros e pela possibilidade de uma fonte, com os sons mágicos da queda d’água. O paladar, pelos frutos que poderiam ser colhidos ou servidos para degustação, além das flores, que em sua maioria são deliciosas e comestíveis. Por último, mas não menos importante, o olfato, através do perfume das flores, dos cheiros mágicos exalados pelas plantas aromáticas. Em menos de 15 segundos, ao se exalar um perfume, a mensagem aromática, memórias e emoções chegam ao sistema límbico, na área cerebral responsável pelos sentimentos e emoções. Feitas estas conexões, o resto é apenas relaxar e deliciar-se com tudo que uma visita a um jardim pode oferecer, de emoções a lembranças e muito mais.